A Justiça de Minas Gerais condenou Kawara Welch Ramos de Medeiros a 10 anos, 7 meses e dois dias de prisão por perseguir um médico e sua família entre 2020 e 2023. A artista plástica chegou a enviar 1.300 mensagens e realizar 500 ligações para a vítima em um único dia. Além disso, ela foi condenada por roubo e descumprimento de medidas protetivas.
Condenação e penas aplicadas
Kawara foi condenada por crimes de perseguição contra o médico, sua esposa e o filho do casal. A maior pena foi pelo crime de roubo, com 6 anos e 8 meses de reclusão. Sua avó, Dalva Ramos, também foi condenada ao mesmo período por subtrair itens das vítimas. Ambas devem pagar R$ 33.500,00 de indenização por danos morais e materiais.
Detalhes da perseguição
A perseguição começou após um atendimento médico em 2018. Kawara passou a monitorar o médico, sua esposa e filho, utilizando recursos tecnológicos e criando mais de 2.000 números de telefone para contornar bloqueios. Ela também fez montagens da esposa do médico com outros homens e enviou ameaças à família. A esposa desenvolveu síndrome do pânico e insônia devido ao caso.
Prisões anteriores e descumprimento de medidas
Kawara foi presa pela primeira vez em 2021 por perseguição e coação. Em 2023, agrediu a esposa do médico e roubou seu celular e chave do carro, sendo presa em flagrante. Após pagar fiança, deveria cumprir medidas cautelares, mas as descumpriu, levando à decretação de nova prisão em março de 2023. Ela ficou foragida até ser presa em maio de 2024 em uma universidade de Uberlândia.
Legislação sobre stalking no Brasil
Desde abril de 2021, o stalking é crime no Brasil, conforme o artigo 147-A do Código Penal. A pena é de seis meses a dois anos de reclusão e multa, podendo ser aumentada se o crime for cometido contra criança, adolescente, idoso ou mulher por razões da condição de sexo feminino.
Conclusão
O caso de Kawara Welch destaca a gravidade do crime de stalking e suas consequências legais no Brasil. A legislação vigente busca proteger as vítimas e punir adequadamente os agressores, reforçando a importância de denunciar comportamentos de perseguição.